isto do pós parto

é uma verdadeira esquizofrenia. Ora se está no topo do looping na maior adrenalina e felizes como nunca, ora se está cá em baixo a desejar que os putos tenham 20 anos e que esta fase passe rapidamente.

Passou sensivelmente 1 mês e meio desde que a aventura mãe de dois piquenos começou e as coisas não têm sido fáceis. Dois bebés a precisarem da atenção e cuidados de uma mãe. Um porque sou a sua vaca leiteira de estimação, outro porque resolveu entrar numa crise de ciúmes incontrolada que nos tem triplicado o trabalho.

Para além dos cuidados especiais com os piquenos, nesta fase inicial nós mães também precisamos de cuidados dobrados. O nosso dia resume-se a comer bem e a horas para que a leitaria não seque, meter gelo no períneo para o pipi deixar aquele aspeto de mexilhão com 15 dias de sol, mudar pensos, bresuntar o corpo para minimizar os estragos da pele a encolher, ingerir água como se fossemos um camelo, tratar dos pipos das mamas que os putos chupam até ficarem sem fôlego, isto tudo enquanto usamos o raio da cinta que nos espreme até a alma. Abençoado pós parto.

Paralelamente a estas atividades lúdicas nós mães temos de levar e buscar as restantes crias ao colégio, pensar no pitéu e confecciona-lo, manter a casa minimamente habitável, garantir que a roupa não se extinga nas gavetas, ir às compras, dar banhos, fazer massagens para os bebés cagarem e peidarem-se como gente grande, preparar mudas de roupa para estarem sempre apresentáveis, etc, etc, etc.

Todas estas tarefas têm ainda de ser combinadas com a ginástica pós parto para que as entranhas regressem ao habitat natural e assim voltarmos a sonhar com uma ida à praia, mesmo que isso provavelmente só aconteça lá para meados do ano 2028.